LUCY
- 8.5
Esses dias resolvi sair de casa para fazer algo que, há muito, não fazia, mas que é um dos meus hobbies favoritos, ir ao cinema. Fui com o maridão assistir ao filme francês Lucy, uma ação misturada com ficção científica e um toque filosófico. Dirigido por Luc Besson (franquia Busca Implacável, O Quinto Elemento, Carga Explosiva etc.) o filme tem, como protagonista, ninguém menos que Scarlett Johansson. Também fazem parte do elenco Morgan Freeman, Min-Sik Choi, Amr Waked, dentre outros. Começo avisando que aqui não tem spoiler. Portanto, leia e se divirta!
Eis a sinopse do filme: “Quando a inocente jovem Lucy (Scarlett Johansson) aceita transportar drogas dentro do seu estômago, ela não conhece muito bem os riscos que corre. Por acaso, ela acaba absorvendo as drogas, e um efeito inesperado acontece: Lucy ganha poderes sobrehumanos, incluindo a telecinesia, a ausência de dor e a capacidade de adquirir conhecimento instantaneamente.”
Pois bem, Luc Besson é um diretor muito conhecido por seus filmes de ação, alguns deles têm como tema a ficção científica com protagonistas mulheres que são fortes e surgem a partir da violência masculina, como é o caso de Lucy e O Quinto Elemento, além de utilizarem armas de forma leve e graciosa. O filme faz uma clara referência ao 2001: Uma Odisséia no Espaço e ao filme A Origem. A história do filme se baseia na Teoria da Evolução de Darwin e tenta explicar o que aconteceria se nós conseguíssemos utilizar 100% da capacidade de nosso cérebro. O filme começa mostrando cenas de Lucy, o australopiteco que é o provável elo na evolução do homem a partir dos macacos, e a cena pula, então, para a Lucy atual (Scarlett) quando, então, começa a trama com Lucy discutindo com um cara com que teve uns rolos.
Coisas acontecem e Lucy é obrigada a transportar uma nova droga (C.P.H. 4) em seu abdômen, mas o saco estoura e seu organismo absorve a droga numa espécie de overdose, causando uma reação química que leva Lucy a usar cada vez mais a potencialidade do seu cérebro. Em paralelo, temos o Morgan (Morgan Freeman) apresentando a sua teoria do que aconteceria se nós conseguíssemos usar 20%, 40% ou 100% do nosso cérebro. O filme parte do pressuposto de que nós utilizamos normalmente 10% da capacidade de nosso cérebro, mas o próprio Luc admitiu saber que esse pressuposto é leviano, já que nenhum cientista se arrisca a mensurar a porcentagem do quanto realmente utilizamos da nossa massa cinzenta. Acho que ele precisava acrescentar essa "medição" do cérebro humano para os telespectadores pudessem acompanhar melhor o seu raciocínio.
O filme tem ótimas cenas de ação e Scarlett, mais uma vez, mostra a que veio com uma ótima atuação, consolidando ainda mais a sua carreira. Além disso, a teoria apresentada no filme é muito interessante, com uma pegada filosófica, pois, ao final, você fica se questionando: de onde viemos?, pra onde vamos? e o porquê de estarmos aqui?. Ele não deixa de ser um blockbuster, tendo o seu apelo no diretor e no seu elenco, mas que muita gente não vai entender e vai dizer que o filme não faz sentido e que tem várias falhas. Confesso que vi algumas críticas em que o pessoal cita falhas no filme, mas eu acho que essas pessoas claramente não entenderam o fio da meada, apesar de o filme tentar explicar claramente todas as suas etapas. Ele tem algumas pequenas falhas de roteiro, sim, que não posso comentar por causa dos spoilers, mas nada disso estraga o filme a ponto de você não querer vê-lo. Eu acho que o filme poderia ser mais longo, pois conteúdo para isso ele tem, e poderia ter seu conteúdo mais ainda mais explorado.
Eu recomendo muitooooo o filme, é uma ótima oportunidade para ir a um cineminha e ver um filme que, além de cenas de ação super legais, faz você pensar um pouco na vida.
Um xêro filosófico e inté a próxima.
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